O evento aconteceu nesta quarta-feira (16), às 18h, na Câmara Municipal, sob o tema “Construindo Identidades: por uma Linhares antirracista”.
Promover um diálogo sobre as necessárias políticas de enfrentamento ao racismo, em especial neste mês de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência Negra. Esse é um dos objetivos da audiência pública “Construindo Identidades: por uma Linhares antirracista”, que aconteceu nesta quarta-feira (16), às 18h, na Câmara Municipal de Linhares, sob a organização do vereador prof. Antônio Cesar (PV).
Além de espaço de fala para o público participante, a audiência contou com apresentações culturais e breves exposições de convidados em determinados eixos temáticos, a saber: a deputada estadual eleita Camila Valadão (desafios das mulheres negras na política); a mobilizadora social Nágila Alves (protagonismo dos projetos sociais); o empreendedor Paulo Borges (desafios da juventude negra); a professora Ana Paulla Almeida Ricardo (educação antirracista); o pai de Santo Jorge Luiz (religiões de matrizes africanas) e o cineasta e filósofo Gabriel Filipe (diretor do documentário “A coisa tá preta”).
“É com sentimento de responsabilidade que queremos promover mais uma audiência pública em nossa cidade, desta vez para falar sobre o enfrentamento ao racismo. Na oportunidade, daremos voz e protagonismo aos atores sociais envolvidos nesta importante causa e, mais do que isso, vamos discutir ações que possam contribuir com o necessário processo de reparação histórica, começando aqui, em nossa cidade. Por isso é importante a presença de todos e todas que se importam com este tema. O microfone estará aberto a quem quiser se manifestar”, ressalta o prof. Antônio Cesar.
Dados do Atlas da Violência, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam que o homem jovem e negro foi vítima majoritária de homicídios no Espírito Santo entre os anos de 2009 a 2019. O mesmo estudo aponta que, no Brasil, a chance de uma pessoa negra ser assassinada é 2,6 maior que a de uma não negra. “A violência é uma das inúmeras manifestações e consequências do racismo estrutural e não podemos fechar os olhos para essa realidade. Que essa audiência pública seja um espaço de fortalecimento, conscientização e proposição de políticas públicas de enfrentamento a esse cenário de desigualdade”, reforça o prof. Antônio Cesar